Saturday, February 21, 2015

"Concurso NÃO É Justo... - Profissionais TI





… mas ainda É O MAIS justo”.



Esta é a paráfrase de um pronunciamento do Coordenador de

Vestibulares do ITA em sua visita aos colégios de Fortaleza-CE.

À época, ele se referia ao mecanismo do vestibular, o qual não

deixa de ser uma modalidade especial de Concurso Público. Como

você deve ter percebido, o que ele quis dizer foi: você pode

até reclamar do Vestibular/Concurso, mas ainda não inventaram

uma forma mais isonômica de seleção.



Antes de prosseguir, cabe deixar claro que a ideia deste post

não é incentivá-lo a
"Concurseiros e Profissionais de Mercado, quem leva vantagem?"

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"http://www.profissionaisti.com.br/2011/11/concurseiros-e-profissionais-de-mercado-quem-leva-vantagem/">

migrar da iniciativa privada para a esfera pública – essa é

uma decisão que cabe somente a você -, mas tão somente

tentar defender a importante instituição do Concurso Público no

Brasil, a qual vem sendo bastante satanizada nos últimos

tempos.




Ora, boas prática de mercado como o Recrutamento, o famoso Q.I.

(quem indica), podem até funcionar em outras culturas como nos

EUA e Europa, mas aqui no Brasil seriam avacalhadas em pouco

tempo. Traduzindo, se a investidura em cargo público usasse

instrumentos subjetivos, as práticas de nepotismos e conflito

de interesse se agravariam mais ainda. Duvida? É só ver o que

acontece nas exceções ao Concurso: cargos de confiança,

comissionados, estagiários, terceirizados, etc. É a treva!



Note que a isonomia da seleção é um dilema que afeta não só o

setor público, mas também o privado. Aí, você vai dizer que no

setor privado, se o empregado for incompetente, ele vai

demitido. Será? Mesmo se ele for o filho do dono? Ou se for

aquele(a) funcionário(a) que mantém relações

“supraprofissionais” com alguém do corpo diretor? Pois é, a

questão não é tão simplista assim…



Nesses dias, em meio a tantas más notícias, é normal confundir

os instrumentos públicos com as suas mazelas, e acabar nos

esquecendo de suas qualidades. Por exemplo, hoje, Fiscalização

é sinônimo de propina, Licitação é sinônimo de Conluio, e o

Concurso, nosso foco, é sinônimo de fraude. De fato, com a

nossa mania brasileira de achar que o Público não é nossa

responsabilidade, os dois primeiros instrumentos acabam mesmo

sendo fragilizados. Contudo, em concurso “o buraco é mais

embaixo”, uma vez que todos os candidatos (milhares) estão de

olho em tudo o que se passa, pois o desenrolar do processo vai

afetar direta e imediatamente o próprio bolso.



De modo a corroborar a tese de instrumento qualificado, o

"http://www.profissionaisti.com.br/concursos/">Concurso

Público conta com os seguintes aspectos:


  • Mesmas Questões (pode alterar a ordem);

  • Requisitos de Investiduras previamente acordados;

  • Presencial, Monitorado e Síncrono;

  • Vagas Definidas; (a polêmica do Cadastro de Reserva será

    objeto de um post futuro);

  • Documentado Fisicamente (Papel).


Alguém consegue imaginar outro mecanismo mais isonômico que o

citado? Ainda, fora as questões objetivas, ainda podemos ter:


  • Questões discursivas (quase onipresente);

  • Provas de Títulos;

  • Exame Médico;

  • Exame Psicotécnico;

  • Exame Físico (principalmente nas FAs e Polícias);

  • Investigação Social (Fiscalização e Policial);

  • Oral (Magistratura);

  • Prática (Tecnológicos);

  • Curso de Formação.


E se, após toda essa sabatina, mesmo assim restar dúvida se

determinado Concurso respeitou os critérios de impessoalidade e

isonomia, sempre podemos recorrer à apreciação do Judiciário na

lide.



Sendo assim, ao prestar um concurso, salvo em casos especiais,

pouco importam fatores pessoais como: Sexo, Idade, Credo,

Aparência, etc. Como exemplo de caso especiais, podemos citar:


  • Exame físico diferenciado para mulheres;

  • Cotas para Portadores de Necessidades Especiais (PNE);

  • Limite de Idade nas Forças Armadas;

  • Exclusividade para mulheres em alguns cargos, como o de

    agente penitenciário feminino;

  • Etc.


Não vou adentrar aqui os aspectos das cotas e margem de

preferências raciais, uma vez que são criação recente do

Executivo, e ainda não foram totalmente pacificadas pelo

Judiciário. Ou seja, é papo para outra cerveja.



Bom, a despeito de todo o exposto, alguém ainda pode dizer:

“tudo bem que é isonômico, mas ele não seleciona OS

MELHORES”. Aí, temos que avaliar se é alguma falha do

processo específico (dos elaboradores, por exemplo) e tentar

aperfeiçoá-lo cada vez mais, OU se o crítico é o mesmo cara que

costuma dizer:


  • Certificação não certifica nada;

  • Acadêmico não sabe nada na prática;

  • Técnico/Prático não entende a filosofia da coisa;

  • Escola não ensina nada.


Enfim, para esse categoria de cidadão, a melhor seleção é

aquela em que ele mesmo é o selecionado, do contrário, não

serve.



E quanto às fraudes? Existem sim, é claro, a exemplo do

que sempre ocorre em todos os processos nos

quais ativos significativos estão em jogo. Todavia, mais

uma vez, é questão de detectarmos e corrigirmos os desvios o

mais rápido possível, em vez de sair por aí colocando sob

suspeição todo o ecossistemas de Concursos.



Por fim, em decorrência das qualidades citadas, o Concurso tem

se mostrado importante porta de ascensão social entre as mais

diversas camadas da sociedade. Um contra-argumento possível à

essa tese seria o fato de que nem todos tem recursos

necessários para se preparar adequadamente para o Senado

Federal. É um fato! Porém, quem disse que ascensão começa pelo

topo? Que tal fazer um cargo de base, e só depois pensar em

batalhar por um novo degrau factível?




"Produtividade: A Síndrome do "Não Tenho Tempo""

href="http://www.profissionaisti.com.br/2013/05/produtividade-a-sindrome-do-nao-tenho-tempo/">

E quanto à velha falta de tempo? É, aí já é mais

complicado… Bom, o que eu posso dizer é que estamos no Brasil,

e aqui nunca falta tempo (nem dinheiro) para o Carnaval. Pense

bem nisso…



Bons Estudos e até o próximo artigo! (aceito sugestões)




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