"Concurso NÃO É Justo... - Profissionais TI
… mas ainda É O MAIS justo”.
Esta é a paráfrase de um pronunciamento do Coordenador de
Vestibulares do ITA em sua visita aos colégios de Fortaleza-CE.
À época, ele se referia ao mecanismo do vestibular, o qual não
deixa de ser uma modalidade especial de Concurso Público. Como
você deve ter percebido, o que ele quis dizer foi: você pode
até reclamar do Vestibular/Concurso, mas ainda não inventaram
uma forma mais isonômica de seleção.
Antes de prosseguir, cabe deixar claro que a ideia deste post
não é incentivá-lo a
"Concurseiros e Profissionais de Mercado, quem leva vantagem?"
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"http://www.profissionaisti.com.br/2011/11/concurseiros-e-profissionais-de-mercado-quem-leva-vantagem/">
migrar da iniciativa privada para a esfera pública – essa é
uma decisão que cabe somente a você -, mas tão somente
tentar defender a importante instituição do Concurso Público no
Brasil, a qual vem sendo bastante satanizada nos últimos
tempos.
Ora, boas prática de mercado como o Recrutamento, o famoso Q.I.
(quem indica), podem até funcionar em outras culturas como nos
EUA e Europa, mas aqui no Brasil seriam avacalhadas em pouco
tempo. Traduzindo, se a investidura em cargo público usasse
instrumentos subjetivos, as práticas de nepotismos e conflito
de interesse se agravariam mais ainda. Duvida? É só ver o que
acontece nas exceções ao Concurso: cargos de confiança,
comissionados, estagiários, terceirizados, etc. É a treva!
Note que a isonomia da seleção é um dilema que afeta não só o
setor público, mas também o privado. Aí, você vai dizer que no
setor privado, se o empregado for incompetente, ele vai
demitido. Será? Mesmo se ele for o filho do dono? Ou se for
aquele(a) funcionário(a) que mantém relações
“supraprofissionais” com alguém do corpo diretor? Pois é, a
questão não é tão simplista assim…
Nesses dias, em meio a tantas más notícias, é normal confundir
os instrumentos públicos com as suas mazelas, e acabar nos
esquecendo de suas qualidades. Por exemplo, hoje, Fiscalização
é sinônimo de propina, Licitação é sinônimo de Conluio, e o
Concurso, nosso foco, é sinônimo de fraude. De fato, com a
nossa mania brasileira de achar que o Público não é nossa
responsabilidade, os dois primeiros instrumentos acabam mesmo
sendo fragilizados. Contudo, em concurso “o buraco é mais
embaixo”, uma vez que todos os candidatos (milhares) estão de
olho em tudo o que se passa, pois o desenrolar do processo vai
afetar direta e imediatamente o próprio bolso.
De modo a corroborar a tese de instrumento qualificado, o
"http://www.profissionaisti.com.br/concursos/">Concurso
Público conta com os seguintes aspectos:
- Mesmas Questões (pode alterar a ordem);
- Requisitos de Investiduras previamente acordados;
- Presencial, Monitorado e Síncrono;
- Vagas Definidas; (a polêmica do Cadastro de Reserva será
objeto de um post futuro);
- Documentado Fisicamente (Papel).
Alguém consegue imaginar outro mecanismo mais isonômico que o
citado? Ainda, fora as questões objetivas, ainda podemos ter:
- Questões discursivas (quase onipresente);
- Provas de Títulos;
- Exame Médico;
- Exame Psicotécnico;
- Exame Físico (principalmente nas FAs e Polícias);
- Investigação Social (Fiscalização e Policial);
- Oral (Magistratura);
- Prática (Tecnológicos);
- Curso de Formação.
E se, após toda essa sabatina, mesmo assim restar dúvida se
determinado Concurso respeitou os critérios de impessoalidade e
isonomia, sempre podemos recorrer à apreciação do Judiciário na
lide.
Sendo assim, ao prestar um concurso, salvo em casos especiais,
pouco importam fatores pessoais como: Sexo, Idade, Credo,
Aparência, etc. Como exemplo de caso especiais, podemos citar:
- Exame físico diferenciado para mulheres;
- Cotas para Portadores de Necessidades Especiais (PNE);
- Limite de Idade nas Forças Armadas;
- Exclusividade para mulheres em alguns cargos, como o de
agente penitenciário feminino;
- Etc.
Não vou adentrar aqui os aspectos das cotas e margem de
preferências raciais, uma vez que são criação recente do
Executivo, e ainda não foram totalmente pacificadas pelo
Judiciário. Ou seja, é papo para outra cerveja.
Bom, a despeito de todo o exposto, alguém ainda pode dizer:
“tudo bem que é isonômico, mas ele não seleciona OS
MELHORES”. Aí, temos que avaliar se é alguma falha do
processo específico (dos elaboradores, por exemplo) e tentar
aperfeiçoá-lo cada vez mais, OU se o crítico é o mesmo cara que
costuma dizer:
- Certificação não certifica nada;
- Acadêmico não sabe nada na prática;
- Técnico/Prático não entende a filosofia da coisa;
- Escola não ensina nada.
Enfim, para esse categoria de cidadão, a melhor seleção é
aquela em que ele mesmo é o selecionado, do contrário, não
serve.
E quanto às fraudes? Existem sim, é claro, a exemplo do
que sempre ocorre em todos os processos nos
quais ativos significativos estão em jogo. Todavia, mais
uma vez, é questão de detectarmos e corrigirmos os desvios o
mais rápido possível, em vez de sair por aí colocando sob
suspeição todo o ecossistemas de Concursos.
Por fim, em decorrência das qualidades citadas, o Concurso tem
se mostrado importante porta de ascensão social entre as mais
diversas camadas da sociedade. Um contra-argumento possível à
essa tese seria o fato de que nem todos tem recursos
necessários para se preparar adequadamente para o Senado
Federal. É um fato! Porém, quem disse que ascensão começa pelo
topo? Que tal fazer um cargo de base, e só depois pensar em
batalhar por um novo degrau factível?
"Produtividade: A Síndrome do "Não Tenho Tempo""
href="http://www.profissionaisti.com.br/2013/05/produtividade-a-sindrome-do-nao-tenho-tempo/">
E quanto à velha falta de tempo? É, aí já é mais
complicado… Bom, o que eu posso dizer é que estamos no Brasil,
e aqui nunca falta tempo (nem dinheiro) para o Carnaval. Pense
bem nisso…
Bons Estudos e até o próximo artigo! (aceito sugestões)
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