Gestão com Pessoas: Lei da Atração
“Os opostos se atraem” -– ditado mais do que popular.
“Somos atraídos um para o outro porque somos um como o outro.” – Guy Damian-Knight, no livro “O Gerente da Mudança”
Esse texto não tem a menor pretensão de explicar a lei da atração, mas apenas expandir sua mente com uma reflexão diferente sobre conflitos. Conflitos nada mais são do que pessoas com pensamentos e opiniões diferentes. Observe relacionamentos amorosos que acabam e você admirado exclama: “Mas vocês eram tão parecidos!” Eu já ouvi isso milhões de vezes e também já cai no erro de falar isso, contudo ser parecido não significa igual e acho que seria muito pobre essa relação se os dois fossem realmente iguais.
Conflito surge a partir de uma divergência dos pontos de vistas. Outro dia estava conversando com alguns colegas e falávamos de expectativas nos namoros. Eu tentei explicar que na verdade os relacionamentos emocionais enfrentam frustrações sérias pelo simples fato de que não foi criado um plano de metas anuais. Assim como na empresa, você senta junto ao seu gestor e define metas. Nos casamentos e namoros deveríamos agir do mesmo jeito.
Todo ano poderiam definir metas diferentes, com mais ou menos complexidade. E no final do período teriam de avaliar se elas foram atendidas ou não. E ainda deveriam analisar de que forma foram completadas, com trabalho duro e firme, mas sem machucaduras ou todos estavam aos pedaços no final do período.
Puxa que visão fria! Você pode estar pensando que eu estou errada, mas na realidade essa é uma reflexão e verdadeiramente é isso que acontece. A grande diferença é que nos relacionamentos amorosos muito desse processo é velado. Se trouxermos luz a isso, podemos então clarear onde estão os maiores problemas das relações, que são as expectativas (metas) não atingidas.
Nas empresas esse processo é formal, contudo ainda ocorrem surpresas na hora do fechamento de uma avaliação. Quando o colaborador recebe seu relatório, dizendo que seu desempenho foi abaixo das expectativas, muitos perguntam “Mas onde eu errei?”.
Em muitos casos a questão não está em ter feito algo errado, mas em não entender quais eram as expectativas da empresa em relação ao seu resultado.
Isso precisa ficar claro e a cada encontro de acompanhamento formal, deve ser reforçado o resultado esperado. É um processo lento o de fazer com que resultados e expectativas estejam alinhados. O desenvolvimento envolve dedicação dos dois lados, líder e colaborador. Tem que valer a pena para os dois lados, não deve ser um peso para o líder dedicar tempo ao acompanhamento e o colaborador precisa ver os resultados desses encontros.
É gratificante quando os relacionamentos de trabalho e os amorosos alcançam um nível de entrosamento, em que apesar de divergentes pontos de vistas diante dos problemas, chegam ao final com soluções. E principalmente sem a sensação de perda para um dos lados. Não há amadurecimento sem conflito, mas a forma que tratamos o conflito vai definir de que forma queremos sair dele.
Com um relacionamento de confiança construído, é possível criar planos para tratar, buscar ajuda para mudar, se redescobrir, se transformar, mas sem identificarmos claramente onde está a raiz do problema a falência chega, as decepções ficam evidentes, e a relação morre. Redefina suas metas, resolva os conflitos, remova os obstáculos e viva melhor!
Fonte: rvlopes.wordpress.com
Renata Valéria Lopes. Profissional com mais de 20 anos na área de Tecnologia da Informação. Graduada em Processamento de Dados e Pós-graduada em Gestão Empresarial.
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