TI sustentável para pequenas e médias empresas - Profissionais TI
No Brasil as
"A realidade de ambientes de TI em Micro e Pequenas Empresas (MPE)"
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"http://www.profissionaisti.com.br/2014/02/a-realidade-de-ambientes-de-ti-em-micro-e-pequenas-empresas-mpe/">
pequenas e médias empresas (PMEs) respondem por mais
de 60% dos postos de trabalho* e constantemente sofrem com alta
rotatividade de colaboradores, baixa qualidade de produtos e
serviços, dificuldades para implantar as melhores práticas do
mercado e geralmente baixo orçamento para aquisição de produtos
e serviços. Nesse cenário, o “jeitinho brasileiro” aparece ao
mesmo tempo como causa e solução desses problemas, gerando um
paradoxo. Falar em sustentabilidade nessa situação parece
inviável, entretanto, é possível mudar essa mentalidade em
longo prazo.
João – um sobrinho, do primo, do cunhado, do irmão do
gerente – que acabou de fazer um curso de manutenção de
computadores é indicado para Corrêa, o dono da pequena empresa
Brasil Serviços para ser o novo “menino da TI”, haja vista
que o último acabara de sair para outra empresa que pagará o
dobro do que ele ganhava. Deste ponto em diante, João
responderá por no mínimo cinco cargos da TI dentro da Brasil
Serviços, ganhará o piso de um auxiliar administrativo + alguma
soma a ser paga do jeitinho brasileiro. Em pouco tempo João
será mais experiente e assim como seu antecessor também irá
para outra empresa. Dessa forma, nascem milhares de
profissionais da TI brasileira.
Essa situação hipotética demonstra uma das grandes falhas da TI
nacional – profissionais inexperientes e mal qualificados,
que iniciam sua vida profissional quase sem nenhuma mentoria e
que não sabem reconhecer o valor do seu serviço, ou seja, ou se
supervalorizam ou se menosprezam demais. Corrêa, o nosso
executivo PME fictício, normalmente é filho de comerciantes ou
“cria” de alguma empresa bem sucedida que resolveu empreender
seu próprio negócio. Ele pouco conhece de TI e encara seu uso
apenas para a operação e suporte das atividades de seu negócio
ao invés de utilizá-la como fator estratégico para ampliar
produtividade, reduzir custos, melhorar a qualidade de seus
produtos e serviços e assim garantir uma expansão sustentável –
o que significa dizer que boa parte desses 60% dos postos
brasileiros trabalham de forma retrógrada e não acompanham os
pensamentos da moderna administração.
Acostumados a esse cenário em que fazem tudo e mais um pouco, a
grande maioria dos profissionais da TI brasileira
"A dificuldade do primeiro emprego no mercado de TI " href=
"http://www.profissionaisti.com.br/2013/07/a-dificuldade-do-primeiro-emprego-no-mercado-de-ti/">
começa sua carreira sem apoio, entendimento do que
realmente é TI e sem base para especializar-se achando que tudo
isso é normal. Vejo que a mudança começa exatamente por esse
ponto.
Apesar de natural, por conta de fatores culturais, políticos e
sociais, não deveria ser normal a falta de apoio no início da
carreira de um profissional que vai ajudar a sustentar a
economia produtiva do país pelos próximos 35 anos da sua vida.
Se observarmos a maioria das grandes empresas, geralmente o
iniciante passa por um rigoroso processo de seleção, depois
estágio, treinamento e mentoria qualificada para que,
dependendo do seu rendimento, produtividade, cumprimento de
metas e claro – aptidão para o cargo – possa assumir
outras posições e contribuir para um processo de produção
sustentável.
Provavelmente você pensou que PMEs não tem o dinheiro de uma
grande empresa para fazer um processo cuidadoso como as grandes
fazem. Sim! Você está certo(a) e esse é outro grande problema a
ser resolvido – como capacitar sem ter o tempo/dinheiro de
uma grande empresa?
O pensamento das PMEs gira em torno de pessoas que entram
jogando e comumente se ouvem frases esdrúxulas como: – “Joguem
todos os patos na lagoa e que fiquem os que nadarem!”, ou
então: “Não quero saber se o pato é macho, eu quero é ovo!”.
Coitados dos patos não é? Creio que a comparação aos patos seja
igualmente justa para o outro lado – empresas que tem bom
potencial para andar, nadar e voar, ficam presas a uma pequena
lagoa fazendo muito barulho em busca de comida para sobreviver.
Forçar, pressionar e até mesmo humilhar pessoas que não estão
aptas ao exercício de determinadas funções, além de extrema
falta de cuidado com o próximo, provavelmente é a principal
causa dos altos índices de estresse e a alta rotatividade
nessas PMEs.
href="http://www.profissionaisti.com.br/2011/08/apagao-da-mao-de-obra-em-ti-a-culpa-e-de-quem/">
A culpa então é de quem? Empresas que não têm boa
estrutura para desenvolver seus colaboradores, do colaborador
que não se capacitou suficientemente ou do governo que não
desenvolve e estimula suas PMEs adequadamente e não ofertou boa
educação básica, técnica e profissional à sua população?
Particularmente não gosto da palavra culpa, prefiro dizer sobre
responsabilidade que traz consigo a inferência de compreensão +
ação, mas sobre a responsabilidade (não exclusiva) dos
problemas da TI insustentável, podemos dizer que ela é
repartida respectivamente entre governo, que não investe bem os
impostos arrecadados para desenvolver e estimular adequadamente
suas PMEs e estudantes, das PMEs que não se interessam como
deveriam em estudar e investir nas boas práticas da
moderna administração e dos estudantes/profissionais que têm
enorme conteúdo digital gratuito e acessível mas não
buscam qualificar-se adequadamente.
Importa ressaltar que inúmeras ações do governo, de empresas
privadas e de algumas ONGs nacionais e internacionais já
enxergam e trabalham sobre esses problemas há alguns anos, mas
precisam do nosso apoio (profissionais da TI e da
administração) para que os bons trabalhos sejam divulgados
(confira os links abaixo) e que dessa discussão surjam novas
ideias para promover essa transformação de mentalidade + ação
para só ai poder alcançar a desejada sustentabilidade das ações
corporativas e de TI preconizadas por CMMI, PMBOK, ISOs, BSC,
ITIL, COBIT e tantas outras boas práticas de mercado. Não é
possível construir uma casa só com madeira, cimento, areia,
tijolos e boa vontade, é preciso saber onde, quando e como usar
cada um deles.
Participe, dê sua opinião e colabore para a melhoria da TI
brasileira. Estamos aqui para dividir e multiplicar. Sua
participação é muito importante.
Grande abraço e até o próximo post.
Cursos gratuitos
Referências
Canal Youtube em Destaque
Thiago Simões
"http://www.profissionaisti.com.br/author/thiagosimoes/" onclick=
"_gaq.push(['_trackEvent', 'Autores', 'Ver Perfil', 'Thiago Simões']);">Mais
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Especialista em gestão de TI focado em estratégia empresarial;
perfil integrador para resolução de conflitos técnicos e
pessoais; adepto a mentoring e coaching.
Certificado PMP e ITIL, possuo mais de 10 anos de experiência
em TIC’s em diversos cargos como: instrutor, tester,
programador, analista (processos, requisitos, negócios,
sistemas) e gerente (projetos, programas, operação e
pré-venda). Participei a ainda atuo em grandes projetos nos
setores público e privado em cenários nacionais, internacionais
e mistos.
Principais ferramentas: Sinceridade, Parceria, Gestão
Motivacional e Meritocrata, Scrum, ITIL, COBIT, PMBOK, CMMI,
ISO27000, ISO20000, BSC, Governança Corporativa e de TI,
Planejamento Estratégico, Avaliação 360º, Metas x Bônus,
Feedback.
Lema profissional: Pessoas geram resultados para negócios
sustentáveis e lucrativos – foco nas melhores pessoas.
Lema pessoal: O amor é a chave mestra.
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