10 Formas de Fazer Mais com Menos em TI TI
Seu chefe já te pediu pra fazer? Sua empresa está precisando? A
crise está te obrigando a fazer mais com menos?
Esse é um mantra que sempre aparece em tempos de crise, mas
também é recitado por altos executivos em apresentações
pomposas e recheadas de gráficos e números, em artigos,
discursos e até em conversas de corredor.
Mas será que é realmente possível fazer mais com menos?
A primeira coisa a se entender é o que significa mais com menos
em TI: mais chamados atendidos? mais performance dos
servidores? mais gente com menos dinheiro? mais usuários
suportados com menos hardware? mais servidores em menos espaço
físico? Alguns desses exemplos são factíveis, enquanto outros
não, e algumas coisas dependem do nível de maturidade da TI,
vamos explorar alguns desses pontos:
1. Hardware & Softwares
Primeiro é preciso entender que é difícil reduzir a quantidade
de hardware existente, espaço ocupado ou energia elétrica
consumida sem novos investimentos, ou seja, é necessário gastar
dinheiro para economizar dinheiro.
Nesse ponto a
"http://www.profissionaisti.com.br/2014/09/como-funciona-a-virtualizacao-de-servidores/">
virtualização de servidores ajuda muito, pois permite
condensar servidores diferentes, com vários sistemas
operacionais e aplicativos instalados em um único hardware,
além de prover redundância, facilidade no backup e capacidades
de recuperação de desastres antes não existentes, entre outros
benefícios explorados
"http://www.profissionaisti.com.br/2014/08/12-beneficios-da-virtualizacao-no-datacenter/">
nesse outro artigo.
Mesmo gastando mais para comprar um hardware mais potente e as
licenças de virtualização, medindo no espaço físico, no watt
consumido e principalmente no tempo e trabalho de manutenção,
economiza-se muito com Virtualização e é realmente uma forma de
entregar mais serviço com menos esforço e dinheiro a médio e
longo prazo.
2. Sistemas
Em sistemas, a tendência é que os mesmos sejam cada vez mais
completos, atendam cada vez mais necessidades dos negócios,
cada vez mais legislações e assim fiquem mais complexos,
custosos de manter e utilizem mais recursos.
Isso por si só significa fazer mais, mas para utilizar menos
recursos, é necessário disciplina para criar códigos eficientes
e enxutos, ou mesmo realizar sessões de “caça as bruxas”, onde
a equipe de desenvolvimento para por um tempo a inovação para
buscar melhorias de performance. Isso aconteceu, por exemplo,
com o kernel do Linux e mesmo com o Windows no lançamento da
versão 7, e os usuários perceberam a diferença.
Mas o ideal mesmo é que esse seja um processo contínuo, onde a
equipe de Operações ofereça um feedback constante das partes do
sistema que mais consomem recursos (queries lentas, por
exemplo), ou mesmo a mudança de desempenho na mudança da
versão, enquanto que a equipe de desenvolvimento trabalha com
esse feedback para melhorar as rotinas e aprender a desenvolver
código mais rápido.
Pode ser uma boa prática também utilizar componentes de mercado
para sistemas, isso significa buscar no mercado pedaços de
código prontos para determinadas tarefas. Por exemplo: ao
invés de programar um módulo de calendário, buscar uma
biblioteca pronta para calendário que possa ser plugada no
sistema atual e adaptado as necessidades, isso pode economizar
semanas de desenvolvimento.
Um componente irá custar uma fração do que o tempo do
desenvolvedor, mas os desenvolvedores precisam ter autonomia e
direcionamento para buscar esses componentes, senão sempre irão
preferir fazer por conta.
3. Desenvolvimento Ágil
Uma outra abordagem para sistemas é utilizar técnicas de
desenvolvimento ágil como o SCRUM. Isso significa diminuir
o tempo para entrega de funcionalidades, embora limitando o
escopo das mesmas.
A entrega mais frequente faz a equipe de desenvolvimento ser
mais eficaz perante o negócio, pois está entregando valor para
o mesmo em menor tempo, e também permite a correção de percurso
em intervalos regulares, evitando que seja desenvolvido um
sistema monstro que não se aplica aos negócios e se perca meses
de desenvolvimento com isso.
4. Operações
Em operações e serviços de TI, a forma de fazer mais com menos
é automatizar o máximo possível as tarefas. Mas não adianta
começar a tentar automatizar os sistemas a esmo, principalmente
enquanto “a casa pega fogo”.
O primeiro passo é medir o esforço que se gasta com tarefas
corriqueiras. Por exemplo: quantas máquinas são formatadas
por dia e quanto tempo o técnico gasta nisso? Será que vale a
pena automatizar com um sistema de restauração de imagem de
disco?
Para medir, pode-se utilizar um sistema de chamados, onde são
cadastrados os principais serviços oferecidos pela TI, e
lançados chamados identificando os problemas, usuários,
equipamentos, etc. Pode-se buscar depois os principais eventos,
que representam a maior quantidade de problemas, ou maior tempo
de trabalho e começar a automatizar por aí.
Outra alternativa é utilizar algum
"http://www.profissionaisti.com.br/2015/02/onde-voce-gasta-seu-tempo-o-rescue-time-responde/">
sistema que meça o tempo gasto por aplicativo. Como
muitos dos profissionais de TI passam quase o dia todo no
computador, a precisão será bem grande.
Também, usando os indicadores que listo
"http://www.profissionaisti.com.br/2015/02/6-indicadores-para-ti-que-fazem-a-diferenca-na-sua-gestao/">
nesse outro artigo, é possível deixar os usuários mais
satisfeitos e atender a pontos críticos da empresa mais
rapidamente, além de dar visibilidade do trabalho da equipe.
5. Documentação
Ainda em operações, é importante documentar as principais
atividades e processos para que a execução da tarefa não
dependa de um operador em específico, mas principalmente para
que possa ser migrado dos técnicos mais experientes (mais
caros) para os novatos (mais baratos).
Além de liberar tempo dos melhores profissionais e permitir o
aprendizado aos iniciantes, também garante a execução correta
dos processos e a continuidade das operações mesmo na ausência
do profissional (por motivo de férias ou doença, por exemplo).
6. Integrações de Sistemas
Como parte dos trabalhos entre Operações e Desenvolvimento, a
integração de sistemas é algo que pode fazer a empresa como um
todo ganhar mais produtividade.
Integrar, por exemplo, a autenticação de sistemas,
centralizando em uma base como o AD, torna a tarefa de
administrar usuários muito mais simples para a TI, mais fácil
para o usuário que poderá usar uma única senha para todos os
sistemas e segura, pois fica um ponto único de controle de
acessos.
Outras integrações, como transportar dados entre sistemas sem
intervenção humana também significam menos trabalho para a
equipe e consequentemente mais tempo livre.
7. Monitoramento
O monitoramento da estrutura e de sistemas permite ter certeza
que tudo está funcionando conforme esperado, e que alarmes
estão definidos para quando alguma situação sair da operação
normal.
Em operações pode significar monitorar o consumo de CPU e
espaço em disco, e configurar alertas para, por exemplo, quando
o disco estiver com 90% de uso, isso garante que será tomada
uma ação antes que o mesmo chegue a 100% de ocupação e pare
algum sistema. Isso também significa parar de “apagar
incêndio” e trabalhar na prevenção dos mesmos.
Em sistemas pode-se monitorar a quantidade de transações
executadas, ou quantidade de erros dos usuários, por exemplo,
ou ainda o tempo gasto pelos usuários em cada parte do sistema.
Se soubermos onde os usuários gastam mais tempo, podemos pensar
em formas de otimizar esse processo e com isso trazer
benefícios para todo o negócio.
8. Gestão a Vista
Com todos os dados coletados, a melhor forma de deixar
transparente as evoluções é fazendo gestão a vista. Deixar a
quantidade de chamados abertos em um painel, mostrar a evolução
dos chamados mês a mês, ou ainda os indicadores de tempo
utilizado por serviço, tudo fica mais fácil de visualizar com
gráficos e linhas de tendências.
Sistemas de
target="_blank">Business Activity Monitoring podem
ajudar nisso com painéis atualizados em tempo real e alertas
para quando algum indicador atingir um determinado nível,
oferecendo uma camada fácil de visualização.
"http://www.profissionaisti.com.br/2015/02/6-indicadores-para-ti-que-fazem-a-diferenca-na-sua-gestao/">
Nesse outro artigo dou algumas ideias de Indicadores para a
área de TI.
9. Terceirização
Com sistemas e infraestrutura cada vez mais complexos, a
terceirização é uma opção real para diminuição de custos. Não a
terceirização total, não expulsar o departamento de TI, mas sim
a terceirização de especialidades que não agregam para o
negócio.
Por exemplo, com sistemas cada vez mais complexos, muitas
empresas utilizam tecnologias de ponta das mais diversas, como
Storages, Virtualização, Firewalls, Switches gerenciados,
Windows, Linux, diversas bases de dados, ferramentas de backup,
replicação, etc.
Um único profissional não é capaz de ser especialista em todas
as plataformas e a contratação de um profissional para uma
tarefa que não ocupa seu tempo integral é um desperdício de
recursos. Aí aparece a oportunidade de terceirização desses
serviços especializados, confiando a uma empresa as atividades
avançadas como atualização de firmware, pentest, gerenciamento
de redes, storages e ambientes virtuais.
Uma empresa de
target="_blank">Serviços Gerenciados em TI ou
"http://www.energytelecom.com.br/" target="_blank">Serviços
Gerenciados em Segurança tem a chance de ter profissionais
capacitados nos principais fornecedores, estar sempre
atualizada, conhecer as melhores práticas e enxergar riscos nos
ambientes dos clientes, por já terem passado por tudo isso em
diversos clientes.
10. Pessoas
Enfim, o elo mais importante da cadeia, as pessoas. Automatizar
os sistemas ao máximo possível, diminuir o tempo gasto apagando
incêndio, trazer maior produtividade para colaboradores, novos
recursos para sistemas, novos serviços para os clientes finais,
tudo só é possível com pessoas capacitadas e motivadas.
A redução de determinados serviços não significa que o
profissional perderá a importância e será demitido, pelo
contrário, na maioria das empresas existe serviço suficiente
para o dobro da equipe de TI, então o tempo extra “sobrando”
será direcionado para novas atividades.
Se a equipe de TI puder se livrar das atividades repetitivas
(por exemplo, formatar máquinas), prevenir os problemas do dia
a dia (por exemplo, atualizar o Windows para evitar vírus), e
investir o tempo em atividades do negócio (por exemplo,
automatizando mais os sistemas), será percebida como um centro
de inovação e não apenas como um centro de custo.
Conclusão
Os principais pontos para a TI fazer mais com menos é:
- Diminuir os desperdícios
- Automatizar as tarefas que não agregam valor para o
profissional
- Focar em atividades que sejam importantes para o negócio
Tudo isso garante melhor qualidade de vida para o profissional
de TI, aumento da competitividade do negócio e a valorização da
TI frente ao mesmo.
Publicado originalmente em
"http://www.bluesolutions.com.br/site/blog" target=
"_blank">Blog Blue Solutions
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