Compartilhar ou não compartilhar o conhecimento, eis a questão
No atual momento de disputas acirradas por
cargos e posições dentro de uma organização, ainda
existe a máxima “Conhecimento é Poder”. Mas do que adianta o
conhecimento se ele não for usado em favor da organização? Os
indivíduos que ainda pensam desta forma poderão se sustentar
por algum tempo, guardando só para si todo o conhecimento, a
experiência adquirida, mas com a velocidade que avança a
tecnologia, muito breve este conhecimento não será mais
suficiente.
As organizações têm a responsabilidade de promover, incentivar
e criar um ambiente propicio à colaboração para que todos os
indivíduos envolvidos estejam motivados a compartilhar.
Nonaka e Takeuchi, (1997) defendem a espiral do conhecimento,
onde acontece a transformação do
"Transferência do Conhecimento nas Organizações" href=
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conhecimento Tácito em conhecimento explícito de forma
continua. Os autores definem dois tipos de conhecimento: O
conhecimento tácito e o conhecimento
explícito.
Podemos conceituar o conhecimento tácito como o que está dentro
do indivíduo, não é visível, difícil de ser transferido, está
incorporado às suas vivências, suas experiências, envolvendo
valores e crenças pessoais, em uma expressão: know-how.
Já o conhecimento explícito é aquele encontrado em manuais,
livros, registros diversos e é mais fácil de ser comunicado,
pode ser codificado.
Os autores introduziram o conceito japonês “ba”, que
pode ser traduzido aproximadamente pela palavra “lugar”. Nonaka
e Takeuchi (1997), descrevem o “ba” como:
O conceito ba pode ser
imaginado como um espaço compartilhado para relações
emergentes. Este espaço pode ser físico (por exemplo: o
escritório, espaço não concentrado de trabalho), virtual (por
exemplo: correio eletrônico, teleconferência), mental (por
exemplo: experiências compartilhadas, ideias, ideais) ou
qualquer combinação deles.
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alt="espiral do conhecimento" width="479" height="357">
"http://www.profissionaisti.com.br/colaborar">Compartilhar o
que se sabe com outras pessoas é uma via de mão
dupla. Sempre se adquire mais conhecimento quando se
compartilha, pois desta forma você estará abrindo um canal para
a troca do conhecimento e também para o crescimento como
profissional, como pessoa.
Compartilhar permite que você sempre esteja em busca de mais
conhecimento e consequentemente faz com que outras pessoas
também busquem mais com seu exemplo. Desta forma, certamente
haverá o crescimento das equipes, pessoas e consequentemente da
empresa. O conhecimento deve ser democratizado, chegar a todos
os pontos e locais.
Hoje o cenário é de constantes mudanças a uma velocidade
exponencial. A internet democratizou o conhecimento de tal
forma que todos nós conseguimos ter acesso e é preciso ter em
mente que não será apenas o “meu conhecimento pessoal”
acumulado, mas sim “quanto mais eu compartilho, mais cresço,
adquiro e contribuo”, pois desta forma estarei cada vez mais
preparado para enfrentar o incerto.
Tenha em mente que as organizações enxergam e valorizam
muito mais quem transmite e compartilha seu conhecimento em
detrimento daqueles que sonegam, guardam só para si o que
sabem. O conceito de que tal pessoa é insubstituível já não
existe há muito tempo. Quem compartilha se destaca
internamente e também tem um valor para o mercado de trabalho.
Neste artigo podemos destacar dois pontos
distintos: A responsabilidade das organizações em
promover a gestão do conhecimento, criar políticas e
estratégias voltadas para esta gestão e a necessidade de cada
indivíduo dentro da organização em compartilhar, adquirir e
consequentemente crescer como pessoa, em
conhecimento.
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