Wednesday, November 30, 2011

O uso da tecnologia da informação como arma de ataque

O constante avanço tecnológico tem mudado a forma de inter-relacionamento da sociedade moderna nas últimas décadas, atualmente a facilidade de acesso à informação através das mídias é dinâmica. A diminuição do tamanho e do valor dos equipamentos fez com que grande parte da população se mantenha a par das novidades da tecnologia. Esta vasta gama de conectividade possibilitou a criação de novas ferramentas como as redes sociais, espaços virtuais onde é possível encontrar uma enorme diversidade cultural e política.

A cada dia a Internet apresenta ao usuário um mundo de possibilidades, e as facilidades de acesso aos serviços disponibilizados tornam os usuários dependentes dos mesmos. A facilidade em fazer compras, efetuar pagamentos, acessar redes sociais e uma gama inimaginável de serviços e informações ao alcance dos dedos tornam a Internet uma grande fonte de pesquisa para pessoas que buscam cometer crimes.

O crime cibernético baseia-se na falta de conhecimento das pessoas em relação aos procedimentos de segurança que devem ser tomados quando disponibilizam seus dados na rede. A falta de programas de proteção nos computadores, ou a não atualização dos mesmos aliados ao uso de engenharia social contribuem para o aumento desta modalidade criminal.

A Convenção sobre Cibercrime do Conselho da Europa é o primeiro trabalho internacional de fundo sobre crime no ciberespaço. Foi elaborado por um comitê de peritos nacionais, congregados no Conselho da Europa e consiste num documento de direito internacional público. Embora tenham na sua origem, sobretudo, países membros do Conselho da Europa, tem vocação universal. Na sua elaboração participaram vários outros países (Estados Unidos da América, Canadá, Japão e África do Sul) e pretende-se que venha a ser aceite pela generalidade dos países do globo (VERDELHO, et al.,p10, 2003).

O objetivo deste documento é o nivelamento das várias legislações nacionais sobre o tema, propiciar e facilitar a cooperação internacional e facilitar as investigações de natureza criminal. Pois muitos criminosos virtuais se aproveitam de brechas nas leis de alguns países para cometerem seus crimes e escapar da punição.

O termo “Guerra”, desde os primórdios da humanidade se refere a embates onde povos e, posteriormente, nações colocam a prova todo o seu poder destrutivo, seja ele humano, bélico ou tecnológico, com o objetivo único de dominar e subtrair vantagens do inimigo dominado.

Para Lewis (2011), “A guerra é o uso da força militar para atacar outra nação e danificar ou destruir a capacidade e a vontade de resistir. A Guerra Cibernética implicaria um esforço por outra nação ou um grupo politicamente motivado para usar ataques cibernéticos para atingir fins políticos”.

A Guerra Cibernética nada mais é que a evolução do modo de batalha que a humanidade vem aprimorando com o decorrer dos tempos. Esta nova batalha se destaca pelo aparato tecnológico, onde o objetivo principal da nação envolvida é dominar, controlar ou destruir a força do inimigo, através da invasão de seus sistemas de controle informatizados.

Nenhuma nação do mundo teve seu nome envolvido com o fato até o momento, porém recentes acontecimentos nos levam a crer que estamos vivendo uma guerra fria cibernética, onde os atacantes tentam descobrir as vulnerabilidades e poder de ataque do inimigo, evitando ao máximo que o fato se torne público e também temendo uma represália do atacado. Este cuidado se dá ao fato de que diferentemente de um arsenal nuclear ou bélico, é praticamente impossível mensurar a força computacional de uma nação e um ataque deliberado poderia trazer consequências devastadoras ao atacante. Em meio a este cenário controverso alguns fatos só fazem aumentar a discussão sobre o tema, principalmente porque um bom atacante cibernético dificilmente deixa rastro. Atualmente, os meios de comunicação divulgam uma série de ataques a sites de governo e empresas de diversos seguimentos. Grande parte dos ataques é baseado em táticas já conhecidas, como os ataques de Negação de Serviço.

O crescente interesse das nações em busca de formas de ataque e defesa cibernética tem alcançado avanços até então inimagináveis, como o desenvolvimento de algoritmos capazes de causar destruição não só no mundo cibernético, mas também no mundo real.

Confira aqui o artigo acadêmico completo no formato PDF.

Graduando em Análise de Sistemas e Tecnologia da Informação com habilitação em Tecnólogo em Segurança da Informação. Atualmente ocupa a função de estágiário do Setor de Desenvolvimento da Viena Gráfica & Editora.

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